Mastigação: uma aliada contra o mau hálito
No mês de combate à halitose, especialista orienta medidas que ajudam na solução do problema.
Se você é uma pessoa que faz suas refeições com calma e tranquilidade, é provável que você esteja dentro do peso ideal. Isso porque quando prestamos atenção ao que vamos comer e como vamos fazer isso, os alimentos são bem mastigados e, consequentemente, digeridos, além dos nutrientes serem melhor absorvidos. Mas esse não é o único benefício de se mastigar bem os alimentos. O ato também ajuda a estimular e equilibrar o fluxo salivar e é a saliva a maior responsável pela limpeza da boca, ou seja, ajuda a manter seu hálito bom. Afinal, é a saliva, ou melhor, a baixa salivação uma das maiores causas do mau hálito.
De acordo com a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, a velocidade com que você mastiga sua comida pode estar diretamente relacionada com o cheiro que você exala pela boca. Segundo a especialista, comer devagar, mastigando bem, funciona como um estímulo mecânico que ativa a ação neural, que por sua vez ativa as células das glândulas salivares, estimulando a produção de saliva. “Quanto mais mastigamos, mais saliva produzimos e mais exercitamos os músculos da mastigação”, esclarece.
Ainda conforme Karyne, essa saliva estimulada irá envolver o alimento e formar o bolo alimentar, por isso o consumo de alguns alimentos é importante. “Além de alimentos fibrosos, que exigem a mastigação mais vigorosa, os alimentos mais cítricos estimulam esse mecanismo de maneira mais acentuada. O que prejudica muito a produção salivar são os alimentos encontrados em fast foods, porque normalmente são muito macios, fáceis de sempre deglutados, ricos em gorduras e sódio e, praticamente, sem fibra”, explica.
Uma pessoa com as glândulas salivares estimuladas e ativadas, terá também benefícios na salivação em repouso. Assim, a saliva irá “lavar” a cavidade bucal removendo restos de alimentos, células descamadas, micro-organismos e fluidos gengivais, o que contribui diretamente para um bom hálito.