ARDÊNCIA BUCAL E SÍNDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: QUAL A DIFERENÇA?
Você já sentiu ardência bucal? Esse problema apresenta sinais e sintomas que se corrigidos levam ao desaparecimento do ardor bucal. Já quando o assunto é a síndrome da ardência bucal, não é possível encontrar sinais específicos, como lesões na mucosa, manchas, vesículas ou qualquer outra alteração que possa ser perceptível a olho nu. Nesses casos, as informações são as passadas pelo paciente, que relata o grau de desconforto e o período pelo qual apresenta esses sintomas.
Esse desconforto é descrito, muitas vezes, como “picante” e pode afetar qualquer parte da boca, inclusive os lábios. Esses pacientes ainda dizem sentir coceira, dor, ardor, queimação, dentre outros. Além disso, alguns alimentos podem acentuar essa dor crônica.
No entanto, o diagnóstico da síndrome da ardência bucal não é tão complexo para o profissional que entende do assunto. Apesar disso, muitas pessoas são subdiagnósticadas ou recebem o diagnóstico errado, com algumas promessas de remissão completa e definitiva da síndrome. Mas quando falamos desse problema, que é considerado uma dor neuropática, não temos a certeza sobre como o paciente responderá frente às terapias empregadas. Nesse caso, amenizar pode ser a palavra mais certa.
Na maioria das vezes, não conseguimos nem setenta por cento da remissão do desconforto. Mas aí você deve estar se perguntando: então não adianta tratar? Claro que adianta! O que não adianta é deixar a ardência prejudicar a sua vida sem que ao menos você tente melhorar a qualidade dela. Veja os possíveis tratamentos:
– Manutenção da saúde bucal: verificar restaurações, próteses, biofilme bucal (placa bacteriana).
– Saliva: normalmente, quando melhoramos a produção salivar, já ganhamos muito.
– Produtos para higiene e conforto bucal: são prescritos de acordo a necessidade de cada um, podendo os mesmos serem substituídos quando o profissional achar conveniente.
– Medicamentos: ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais, dentre outros podem ser prescritos.
– Terapia: a terapia cognitivo-comportamental pode ser indicada.
– Mudança de hábitos: elas também podem ajudar a amenizar a síndrome.
– Tratamento multidisciplinar: pode ser indicado.