TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS: QUANDO MENOS É MAIS
Dizem que a beleza é importante. Mas cá entre nós, o que é a beleza? Quem a define? Quanto ela custa? A cada dia mais, a estética parece prevalecer a saúde. Para comprovar isso, basta apenas reparar em quantas pessoas tem se desfigurado em busca do “belo”, colocando assim a estética acima da saúde. Esse ato tem um custo alto, que nada tem a ver com valores. Talvez muita gente não saiba ou nem queira saber, mas uma hora pode ser que a saúde tenha que pagar por esses exageros. Pense bem, você está preparada para isso?
Outra coisa que temos que refletir é que se a beleza e a estética são tão subjetivas, já que depende de quem a estar observando, por que então temos visto pessoas tão iguais? Você sabe de quem é a culpa disso? Bem, com as redes sociais, a divulgação de fotografias do tipo “antes e depois”, muitas vezes manipuladas, são publicadas até por alguns profissionais da saúde e leas têm despertado o interesse das pessoas. Essa gente comela a pensar em resolver problemas que afetam a autopercepção e mexem muito com a autoestima, isso tudo como se aquele tal formato de rosto ou sorriso fosse um padrão.
Há ainda aquelas mulheres lindas e maravilhosas na web. Elas aparecem sempre muito bem vestidas, maquiadas e tratadas, somadas a luzes, que realmente favorecem ângulos e poses. Publicam isso como se fosse uma realidade de vinte e quatro horas. Claro que essas coisas têm deixado muita gente perdida, sem saber se deve ou não “acompanhar” o tal “padrão de beleza” que está sendo ditado no momento. Isso é horrível, porque a beleza não deve ter padrão e muito menos exigir perfeição.
E é claro também que não existe problema em querer ficar mais bonita, se tornar mais “atraente”. Pelo menos, não desde que você tenha cuidado e não se arrependa por fazer procedimentos irreversíveis, que geram perdas e danos biológicos. Por isso, se você quer fazer mesmo um procedimento, o mais sensato é optar por tratamentos menos invasivos e ver como o seu organismo reage, ver se aquilo te agrada. Aí sim, depois disso, você pode aumentar o número de procedimentos que podem corresponder ao que você deseja.
Para ficar mais claro, vou dar um exemplo simples: se você quer mudar o sorriso, aumentar a largura e/ou comprimento dos dentes, mostrar menos gengiva ao sorrir e até mesmo ver como o seu sorriso ficaria se estivesse mais clarinho, peça ao cirurgião-dentista que simule isso. Essa simulação, na verdade, é um procedimento corriqueiro para quem trabalha a estética da parte branca (dentes) e rosada (gengiva) da boca. Para esse teste, que chamamos de planejamento ou mockup, normalmente não fazemos desgaste algum das estruturas da boca. Apenas colocamos materiais estéticos para ver se você e as pessoas próximas a você aprovam o que seria o seu novo sorriso.
Isso tem sim um custo financeiro. Sugiro até que desconfie se não houver, porque um bom planejamento leva tempo e oferece custos ao profissional. No entanto, garanto que esse é o melhor investimento que você pode fazer para checar e decidir sobre a sua mudança de sorriso. Afinal, vai que você não fica satisfeito com o que vê antes, não é mesmo? Aí, aprovada a simulação, é hora de esclarecer qual material poderá ser utilizado, qual o custo-benefício biológico e financeiro. Assim fica bem fácil acertar!
E se você não se cuidou quando mais jovem, quando tinha mais colágeno, e está pensando em buscar tratamentos que podem ajudar a devolver características que foram perdidas com o tempo ou, mesmo, corrigir as desproporções faciais, o conselho é o mesmo: vá com calma! Comece devagar, não “passe o carro na frente dos bois” mesmo sabendo que a maior parte dos procedimentos podem ser reversíveis. Harmonize sim, mas vá devagar. A minha dica é: converse sempre de maneira sincera com o seu profissional.
Agora que já fizemos essas reflexões, quando for pensar em tratamentos estéticos da harmonização orofacial, que tal começar do menos para o mais?